quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alexandra Figueiredo

Alexandra Figueiredo tem 31 anos, é de Lisboa e está a participar na nova série de comédia do actor Camilo de Oliveira, “Camilo, o Presidente”, que é gravada nos estúdios na Herdade da Barroca, em Alcochete. Já passou pelo programa de apanhados da SIC "Flagrante Delírio", "Maré-alta", foi assistente de José Figueiras no programa "Às 2 Por 3" e recentemente tem feito produções fotográficas para algumas revistas. O ano passado abriu a sua própria agência de comunicação e em conversa com o Correio do Montijo, a empresária revelou que esta é uma vertente profissional que pretende consolidar.




Correio do Montijo: Como se encontra, neste momento, a sua vida profissional?
Alexandra Figueiredo: Tenho uma agência de comunicação. Sou licenciada em Comunicação Social e nunca segui jornalismo puro e duro, foi sempre mais a área de entretenimento. Depois comecei a trabalhar em televisão e recebi um convite para ir para uma agência de comunicação. No fim do ano passado resolvi abrir a minha própria agência.

CM: E como tem sido essa experiência?
AF: Tem sido fantástica, até porque este ano toda a gente diz que é um ano difícil mas para a minha agência não tem sido. Acho que é um ano também em que as pessoas estão à procura de novas oportunidades e novas experiências, e portanto tem corrido bem. Claro que temos questões relacionadas com os valores, as pessoas têm limites orçamentais mais pequenos, mas temos de ser flexíveis.

CM: Então tem sentido pouco os efeitos da crise económica?
AF: Não tenho sentido no meu trabalho do dia-a-dia. Sinto porque oiço muitas queixas de toda a gente, porque se fala sobre isso nos meios de comunicação social, mas também acho que não é o caminho certo. Se existe crise e se já todos estamos conscientes dela, agora é altura de ter uma atitude mais positiva e criar incentivos para as pessoas que estão desempregadas ou numa situação mais precária.

CM: Em que projectos de televisão está envolvida neste momento?
AF: Estou a participar na série do Camilo de Oliveira, “Camilo, o Presidente”, que é gravada nos estúdios na Herdade da Barroca, em Alcochete. Vai ser uma série muito divertida, dentro do espírito que o Camilo já habituou o público, com muita piada. Eu só ia desempenhar um papel pontual mas depois das primeiras gravações convidaram-me para fazer outro tipo de coisas, o que me deixou feliz. Para além disso, estão a passar trabalhos meus na série “Malucos do Riso”. Tenho também um programa no Benfica TV, “Futebol de Ligas”, onde somos quatro mulheres a falar de futebol.
CM: Como foi a experiência de fazer produções fotográficas “mais ousadas”?
AF: A “FHM” foi a primeira, depois fiz a revista “J”, “a gata” do “24 horas”, “a pose” do “Correio da Manhã”, e já fiz vários desfiles em biquíni e lingerie. Surgiu sempre por convites, nunca fui modelo na vida, nunca tive essa ambição. Quando recebi o convite para a “FHM” nunca tinha feito uma produção, nem ousada nem menos ousada, só por brincadeira e para capas de discos e coisas assim do género. Hesitei um pouco e morri de vergonha no dia da produção fotográfica. Demorei muitas horas a fotografar, o que hoje se faz em duas horas, na altura demorei cerca de seis. Mas o resultado foi positivo e partir daí fui ganhando mais à vontade, também porque não passa daquilo, nem nos faz superiores ou inferiores a ninguém por aparecermos nas páginas de uma revista.

CM: Considera que a imagem de uma pessoa é sobrevalorizada nos dias que correm?
AF: A imagem só é positiva numa primeira abordagem. A partir daí, vale o que vale pois é muito mais efémera do que uma série de outras características que nós temos, como a personalidade, inteligência, carácter. São esses os valores reais que nos aproximam uns dos outros, mas numa primeira abordagem, para determinados assuntos, acredito que a imagem sirva para dar um empurrão e não para consolidar uma posição.

CM: Como é que se caracteriza enquanto pessoa?
AF: Em termos de atitude face à vida, sou lutadora. Depois sou também muito romântica e dou imensa importância aos pormenores, mas acho que isso é típico das meninas.

CM: Qual a sua grande paixão?
AF: Cantar e dançar. Comecei a cantar aos cinco anos no Coro de Santo Amaro de Oeiras, depois gravei uns discos, fiz umas campanhas, fiz parte de uma série de grupos, fiz coros para vários artistas e agora faço para o Tony Carreira, desde há cinco anos para cá. Não é uma profissão, mas dá-me um grande gozo.
CM: Já cometeu alguma loucura?
AF: Sim, negar uma oportunidade que me surgiu na vida. A partir daí aprendi a nunca dizer que não a uma oportunidade, prefiro arrepender-me de ter feito e não ter gostado, do que ficar na dúvida e dizer que não.
CM: Rege-se por algum tipo de filosofia de vida?
AF: Sim, a conhecida citação “o que não nos mata, faz-nos mais fortes”, é a minha filosofia.
CM: Que planos tem para o futuro?
AF: Continuar com a minha agência e consolidar esta minha vertente profissional de empresária. Pretendo também continuar a fazer trabalhos de representação, fotografia, cantar, porque gosto muito do contacto com este meio e não pretendo abdicar dele enquanto for compatível. Daqui a cinco ou dez anos, vejo-me mais a puxar pela minha agência e viver o dia-a-dia dela, do que a fazer episódios especiais em qualquer programa.
Susana Lage